Estilos Parentais

 

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A parentalidade assume quatro estilos principais: autoritário, autoritativo, permissivo e isolado. Embora nenhum pai seja consistente em todas as situações, os pais seguem algumas tendências gerais na forma como interagem com os filhos, tornando-se possível descrever o tipo de relação pai-filho e o estilo predominante da parentalidade. Essas descrições fornecem orientações para profissionais e pais interessados em compreender como as variações na relação pais-filhos afectam o desenvolvimento da criança.

O estilo parental é moldado pela história do desenvolvimento dos pais, pela sua educação e personalidade, pelo comportamento da criança e pelo contexto imediato e mais amplo da vida dos pais. O trabalho dos pais, as suas relações conjugais, as finanças familiares e outras condições são susceptíveis de afectar o comportamento dos pais e o seu bem-estar psicológico. Além disso, os pais de diferentes culturas, de diferentes classes sociais e de diferentes grupos étnicos têm diferentes configurações na maneira como lidam e educam os seus filhos. De qualquer forma, o comportamento e o desenvolvimento psicológico das crianças estão, em grande parte, dependentes do  estilo parental que define as características da interacção pais-filhos.

Pais autoritários

Os pais autoritários são rígidos nas regras que estabelecem, esperam obediência absoluta da criança sem qualquer questionamento. Crêem que a criança aceita as crenças familiares e os princípios que regem a conduta dos pais, sem perguntas. Os pais autoritários são disciplinadores e, muitas vezes, fazem depender do castigo físico e da indiferença afectiva, as reacções face ao comportamento dos filhos.

As crianças que vivem sob o domínio deste estilo parental são muitas vezes temperamentais, infelizes, receosas e irritáveis. Tendem a ser tímidas, retraídas e, geralmente, apresentam sinais evidentes de falta de autoconfiança. Se o afecto é bloqueado, a criança tende a ser rebelde e anti-social.

Pais autoritativos

Os pais autoritativos respeitam as opiniões de cada um dos seus filhos, permitindo que eles sejam diferentes. Embora existam regras no agregado familiar, estes pais permitem a discussão, caso as crianças não entendam o que se lhes exige ou as regras estabelecidas. Estes pais explicam aos filhos que embora eles (pais) tenham a autoridade final, é possível a negociação e o compromisso. Os pais autoritativos são responsivos e exigentes; são firmes, mas gerem a disciplina com amor e carinho, ao invés da utilizarem o poder; são susceptíveis de explicar as regras e as expectativas que têm face ao comportamento dos filhos. Este estilo parental determina, geralmente crianças com alta autoestima, autónomas, curiosas, assertivas e interactivas.

Pais permissivos

Os pais permissivos (indulgentes) exercem pouco ou nenhum controlo sobre o comportamento dos seus filhos. As regras, quando existem, são seguidas inconsistentemente. São explicados dados os motivos subjacentes à criação de regras, mas são as crianças que decidem se as vão seguir e em que medida. Os filhos aprendem que podem ter qualquer comportamento que está longe daquele que é esperado pela aplicação das regras. Os pais têm poucas expectativas face aos comportamentos dos filhos e a imposição da disciplina é inconsistente. Existem ameaças que raramente se concretizam e punições sem limites de regulação. Há, aqui, uma inversão de papéis: as crianças agem mais como os pais e os pais comportam-se como crianças.

Os filhos de pais permissivos podem ser desobedientes, agressivos, irresponsáveis e desafiadores. São inseguros, porque lhes falta directrizes que orientem o seu comportamento. No entanto, estas crianças são frequentemente criativas e espontâneas. Embora com baixa responsabilidade social e autonomia, são geralmente crianças alegres.

Pais isolados

Os pais isolados não são nem responsivos nem exigentes. Podem ser descuidados ou desconhecerem as necessidades da criança no plano dos afectos e da disciplina. Os filhos têm mais frequentemente dificuldades psicológicas e problemas de comportamento do que os outros jovens.

 

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